sexta-feira, 29 de abril de 2011

ROCK SERTÃO 2011...

 
  
   O  Festival de Música Independente “ROCK SERTÃO”, se origina com o início da banda FATOR RH (que agrega o punk rock, o  manguebeat e o blues com a cultura regional local), cujo nome resgata uma banda que existia na cidade, em meados da década de 80.
   Surgiu com a referida banda, a necessidade de mostrar o som e o trabalho das bandas de música independente do interior e de promover o intercâmbio entre aqueles que produzem esse tipo de música em Sergipe. Além disso, havia uma necessidade de formar um público maior para esse estilo musical e de atender aos anseios de seu incipiente público local.
   A idéia se efetivou num festival de bandas alternativas de vários estilos musicais (que se apresentaram sem receber cachê), realizado em praça pública, de forma que pudesse dar ao público em geral acesso facilitado a um produto cultural de qualidade oriundo da própria região, além, é óbvio, de estimular o surgimento de novas bandas.
   A 1ª Edição do Festival de Música Independente “Rock Sertão” foi realizada no dia 24 de março de 2001 com quatro bandas oriundas de três cidades da Região do Alto-Sertão. Apesar da pequena divulgação, atraiu público de toda região.
   O êxito do Festival impulsionou a carreira da Banda FATOR RH e tornou imperativa a realização de uma segunda edição que só ocorreu três anos depois, dessa vez em dois dias, com a participação de nove bandas e contando com o apoio da maior parte dos comerciantes locais e de alguns de Aracaju, e da prefeitura municipal.
   A 2ª edição, realizado nos dias 14 e 15 de maio de 2004, atraiu a atenção da imprensa sergipana. O ponto alto desta edição foi o momento em que a banda Corpos Cavernosos (Aracaju) impressionou o público com na segunda noite do Festival com músicas próprias e uma versão de Asa Branca (Luiz Gonzaga), em homenagem a este grande ícone sertanejo. A TV Sergipe, diversos jornais, revistas, sites e as principais rádios do Estado divulgaram o evento. O evento surpreendeu a expectativa de todos atraindo caravanas de cidades de Sergipe e de Estados vizinhos.
   Consagrado já no calendário cultural e festivo de Nossa Senhora da Glória, a 3ª edição foi realizada nos dias 20 e 21 de maio de 2005, na Praça Antônio Alves Oliveira, centro da cidade. 
   Depois desta edição, a comunidade gloriense pôde contar com um Programa exclusivo na rádio comunitária “Boca da Mata FM” para divulgar a música regional independe sergipana. O programa vai ao ar todos os sábados.
   A relevância das edições anteriores chamou a atenção de bandas consagradas do cenário alternativo sergipano para a 4ª edição do festival que aconteceu nos dias 12 e 13 de maio de 2006, como foi o caso da banda Plástico Lunar, que concorreu no ano de 2007 ao Prêmio Toddy da música independente em âmbito nacional, figurando entre uma das 16 (dezesseis) melhores bandas nacionais. Além dela, a banda Maria Scombona, que tem vasta experiência em festivais por todo o país, e representa a mistura do Rock, do Jazz, do Soul e do Funk  com o Baião, o Samba de Coco e o Maracatu construindo um sentimento de sergipanidade que contagia o público.
   Além de prestigiar as apresentações, o público pôde levar para casa os produtos das bandas, comprando os cds e as camisas das mãos dos próprios músicos. Tendo acesso ao trabalho das bandas que participaram do Festival, um maior número de pessoas começou a ligar para a “Boca da Mata FM” pedindo as músicas das bandas sergipanas e entrando na comunidade do orkut para indicar as bandas que queriam ver na próxima edição. Com essa reciprocidade do público, ficou mais fácil para a organização do evento selecionar as bandas que participaram da 5ª edição, porque inúmeras bandas de Sergipe e Estados circunvizinhos entraram em contato com a organização, querendo até pagar para tocar.
   O Festival de Música Independente “Rock Sertão” contribui expressivamente para a divulgação do trabalho de bandas sergipanas que, sem eventos alternativos como este, não teriam oportunidade de mostrar seu trabalho. O evento colaborou também para a disseminação da música independente na região sertaneja, confirmando que essa mescla de estilos musicais possui características mutantes que, agregadas ao regionalismo e à criatividade do nordestino, resultam numa manifestação cultural extremamente original.
   O Festival contou em sua 6ª edição com a presença de dezesseis bandas sergipanas e do cantor maranhense Zeca Baleiro, caracterizando mais vez mescla de ritmos e a cumplicidade da boa música brasileira.
   É fato que o Festival se encontra em uma crescente de apoio, divulgação e, sobretudo de público. Cada edição do “Rock Sertão” é uma superação das edições anteriores, sendo que este ano o festival ganhou divulgação no estado de Sergipe com a vinculação de propagandas na maior emissora de TV do estado, de vinhetas nas mais diversas rádios, entrevistas com os idealizadores e bandas participantes no Festival de música, além da ampla divulgação na internet, nos mais variados sites, blogs e comunidades. A participação do poder público estadual foi imperativa na concretização desta edição, apoiando na profissionalização da execução do festival.
   Nossos agradecimentos ao governo do Estado de Sergipe, à todos os comerciantes que sempre respeitaram dando o suporte para a sua realização, com essa parceria hoje o Rock Sertão é referência nacional para a música independente. E nosso muito obrigado à todos os loucos que batalham junto com a gente sem receber um tostão sequer, por acreditar que em um país infectado com a diferença social, com a falta de saúde, de educação e de respeito com o “povo”, vale a pena acreditar na transformação através da música, música essa que nos proporciona o pensar.


quinta-feira, 28 de abril de 2011

PROJETO CICLOVIDA

 
  Uma aventura de Inácio e Ivania, dois caboclos brasileiros que desvelam o crime cometido pelas grandes corporações de alimentos e agrotóxicos e pelos laboratórios de pesquisa de transgênicos contra a producao de alimentos.
  Lifecycle é um documentário narrativo que segue um grupo de pequenos agricultores de Ceará numa viagem atravessando o continente da América do Sul de bicicleta, na campanha de resgate das sementes naturais. Os viajantes documentam a dominação dos agrocombustíveis no campo e o deslocamento de milhões de pequenos agricultores e comunidades indígenas.
  Lifecycle foi escolhido melhor documentário na categoria conservação do Green Screen Environmental Festival Film/2010 e selecionado para o Blue Planet Film Fest em Los Angeles, EUA e Byron Bay Film Festival em Australia.

fonte:
http://coletivocave.wordpress.com/
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quarta-feira, 27 de abril de 2011

NOVOS CATÁLOGOS... CONFIRAM:



ODICELAF DISTRO 
 
CRYPTA ROCK STORE DISTRO - CAMISAS E ETC.
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terça-feira, 26 de abril de 2011

domingo, 17 de abril de 2011

sábado, 16 de abril de 2011

PROJETO ROTAVÍRUS: PARTE II


CARTÕES POSTAIS DE RIBEIRA DO POMBAL:

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JOEY RAMONE...



   Joey Ramone, nasceu Jeffrey Hyman em 19 de Maio de 1951 em Forest Hills, Nova Iorque - EUA. Grande fã dos Beatles, formou logo sua própria banda de rock junto com seu amigo Johnny, um power trio no qual Joey era o baterista. Em Março de 1974, o "empresário" do grupo, Tommy, assume as baquetas e Joey vira vocalista do conjunto, agora com o nome de Ramones, nome este usado por Paul Mccartney para se hospedar em hotéis na época de furor da Beatlemania para despistar os fãs. Assim, Joey Ramone - vocal, Johnny Ramone - Guitarra, Dee Dee Ramone - Baixo e Tommy Ramone - bateria, começaram a carreira de uma das maiores (se não a maior) banda punk da história.
   Após o fim dos Ramones, Joey se dedicou a trabalhar com bandas independentes. Nesta época Joey já sabia de seu câncer e assim, além de lançar um EP ao lado do seu irmão para dar de presente à sua mãe, começou a escrever seu último disco. O álbum composto ao lado dos parceiros de vida Daniel Rey e Marky Ramone foi finalizado com Joey já no hospital.
   Infelizmente, Joey não viu o resultado final de seu trabalho, faleceu dia 15 de Abril de 2001, as 2:40 da tarde em um hospital em Nova Iorque, vitima do câncer linfático que o acompanhava por anos. Centenas de homenagens foram feitas à Joey em todo o mundo, das quais, uma das mais importantes foi a nomeação dada a esquina do CBGB's de Joey Ramone Place pela prefeitura de Nova Iorque.


Por Décius Filho.
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segunda-feira, 11 de abril de 2011

SEM CAMISINHA: SÓ BRONHA E SIRIRICA!


Sr. Lion, o Idiota

   "Alusão, sexo... E o tempo levou. Juntos foram os pedacinhos de todas as lembranças, também a impaciência de tudo. Passaram-se décadas. Sua vida ficou para trás, permanece na mesma onda do desassossego, imóvel como as pedras ou como os espelhos, mostrando seu fracasso, sua inutilidade, preso por não saber respirar."

I

   - Não dispenso um par de seios nem tão belas pernas acompanhadas pelas bundas que faz-me entranhar nesse longo caminho. Talvez por isso minhas janelas abrem ao sol todos os dias.
   Nasci como matéria insana das cinzas, desde então sou recruta dos prazeres da carne e da alma. Busco nas mulheres momentos de sexo, diversões esquecidas pelos dias! Tua libido faz da humanidade refém!
   Descrente pelas religiões, muito mais longe do próprio ego... Sou Lion Cunha de Brito, quase no retorno de saturno, surpreendo-me com o bem da política nacional e acredito no mal como origem do universo. É incrível o ato de dar esmolas, de colher armas em terreiros negligentes, de plantar idéias com esterco infindável. Parece até brincadeira tudo isso!
   Quando criança sonhava ser bandido e hoje estou preso numa sala, sem data de vencimento, sem prazo e nem horário de saída. Trancado pelos atos nervosos do meu sistema único de saúde. Ainda assim há um livre e espantoso teatro de imundícies em mim...

II 

   Aos tempos... Minha velhice esbanjada em fotografias e fracassos vive na própria concupiscência dos fatos, recordo tamanha ira do cão ao volume máximo da violência racional dos meus antigos dias. Passaram-se décadas, mas, as cicatrizes dessas meretrizes continuam a sangrar no vazio da minh'alma.
   Por um romance estranho até a morte dos meus cabelos brancos acreditei no sexo como a essência de tudo. A razão do universo respirar e acordar com o sol seguindo a lua... Sempre no encanto da carne, pelos prazeres da noite, pelos gozos incansavéis. Assim meu ego dimensionava todo meu propósito.
   Aquela ousadia dava-me astral e soberania total, da mesma forma que o Carlos Magno vencia suas guerras e prontificava-se para a próxima. Era incrível... Diferente de qualquer outra juvenilia. 
   Resisto à guerra que construí em meados de todo meu orgasmo, mas, meu HIV possui tamanha percepção de gozar e morrer!
   Minha antiga felicidade agora são pensamentos doentes. Minhas preocupações antecipam a morte pelo acúmulo de inércia. Não acreditava nessa onda do desassossego, nem que pudesse ser tão rápida essa dor. Sou um depressivo compulsivo... Buscando nostalgia nos passos da aurora. 

III 

   Pelo mundo que criei nas noites, pelo sexo sangrento das planícies, pela junção de meretrizes burras e sem vida. Perdi minha vida. 
   Dizia grande sábio: A vida mata e os segundos enterram! 
   Sinto a força dos segundos, sem riso, sem lançar-me nos longos caminhos que aventurava e sem criar neles minha concupiscência. 
   O mundo é o mesmo, as pessoas são as mesmas, meu estado é crítico, existe a morte para consolo de tudo. Não lembro tamanha preocupação com isso. 
    Alusão, sexo... E o tempo levou. Juntos foram os pedacinhos de todas as lembranças, também a impaciência de tudo. Passaram-se décadas. A vida ficou para trás, permanece na mesma onda do desassossego, imóvel como as pedras ou como os espelhos, mostrando seu fracasso, sua inutilidade, preso por não saber respirar.
   Lágrimas, solidão, coração sangra e ainda pulsa, comprimidos matam minha consciência, esquecendo mamilos, suor... Nem desejo, nem flor, nem amor.

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OBS: FATO FICTÍCIO, CRIADO PARA  O ALERTA DAS DSTs E DO HIV
Por KADJON NASCIMENTO
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sábado, 9 de abril de 2011

CARAVANA PARA O ZÉ ROCK FESTIVAL IV

A CARAVANA COM DESTINO AO ZÉ ROCK  FESTIVAL IV  EM TEOFILÂNDIA AINDA  TEM 2 LUGARES VAZIOS, MAIORES INFORMAÇÕES LIGUE PARA (75) 98346343 E GUARDE JÁ O SEU LUGAR. ABAIXO TODAS AS INFORMAÇÕES:

*LOCAL DE SAÍDA: EM FRENTE AO BANCO DO BRASIL
*CIDADE: RIBEIRA DO POMBAL - BA
*DATA: 30/04/2011 ( SÁBADO)
*HORÁRIO: 19:00 hs
*VALOR: R$ 20,00 ( IDA E VOLTA)

ATENÇÃO!!!! AINDA FALTAM 2 LUGARES!!!!
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quarta-feira, 6 de abril de 2011

POESIAS: SEÇÃO IV



MARCAS DE RAZÕES
(Kadjon)


Teus olhos são minha esperança,
Meu ser, meus dias...
Faço um casal de mistérios, de fantasias.
Um castelo com todas as cores da incerteza.

Um anjo, um mendigo, um pássaro,
As águas cristalinas, a natureza em si...
Teus olhos, meus livros, a areia,
Desenhos na areia, marcas de razões,
O vento levou...


PRÓLOGO DE QUIMERAS
(Kadjon)


Corto os meus pulsos pela saudade esquecida,
Sinto todos os erros, os cortes, a inópia...
Sobrevivo dentro dos segundos,
Fincado na areia.

Inventaram regras para embalar os meus sentidos.
Minha quimera chora,
Meus olhos ressecam e há tempos um domínio me possui...
E não importa o quanto tenha que acordar
Para ver o sol murchar.

Meu sono sarcástico ocupa nosso tempo conjugado,
Teus passos são lágrimas, tua existência um veneno mortal,
Meu século é triste, nem tudo se explica.
Hoje você está tão distante de mim.

Faço do meu nada um nada para esconder,
Que enterro num passo ou num sonho.
Senão o fim ficará no então.

  
UM PALHAÇO À CHORAR”
(Kadjon)


Sem criança para rir, sem riso para viver,
Colhendo munição para minha própria morte,
E para minha dor deixo um abraço do tamanho de um laço
Que possa me enforcar e fazer suportar os dias que mais sofri.

Nesse circo que me prende, nesse círculo que me enlouquece...
Encontro motivos para tanto vão,
Nem mesmo o perdão com sua pureza disfarçada me contenta.

Como dias de uma vida que só passa, 
Que só enterra expectativas,
Que faz o que não sabe em busca de perfeição,
E não sabe que a mais pura perfeição chora e envelhece pelo espírito.

Sangro ao ver tamanha violência...
O pior não é a conclusão dos fatos, nem a derrota do sábio,
Mas, a reflexão de um mendigo.


AR DAS PEDRAS
(Kadjon)


Teatro mundo cria sol na terra,
Os barcos deitam na solidão,
Raios descem aos esgotos,
Sobre nuvens de poeira no chão.

Dos astros vem o laço do mal,
Nas flores de aço das ventanias,
Criando desdém no flúor dos ventres
E na virilha as agonias.

O suor, O sal, A silada,
O crime do riso, o perigo na estrada,
No véu do céu rasgado,
Chorado por lágrimas inventadas.

Assim surge o oxigênio do luar,
Devorando todo o ar das pedras,
No embrião sombrio do abandono,
Nas raízes das veias externas.
 

FILOSOFIA DOS SENTIDOS
(Kadjon)


Início,
Desgaste do enquanto ou proeza do final.
Sob vertigens constantes, Surtos sentimentais,
Sentido oposto, muito prazer.

Somos os outros o tempo inteiro,
Como cinzas ao relento, apenas por existir!
Esse medo estampado na cara
Mostra teu mundo camuflado de incertezas.

Mórbidas são vontades presas numa Oposição real.
Com isso o horizonte triste morre num aperto de mão,
Pela beleza do devaneio...

O futuro é muito feio e triste,
Sentir é respirar, dor de viver e nunca entender.
Um prólogo resultante de quimeras.


MORMAÇO
(Kadjon)


Na ginga da terra, na arte da poeira,
No grito do sertão, profecia do trovão,
Com toda seca e sofrimento, caatinga à virar mar,
De janeiro a dezembro, só desgraça!

Não insisto acreditar nos projetos do estado,
Cada dia que passa aparece uma desgraça.
Não insisto acreditar na paz do meu sertão,
O suor do empregado em baixo calão!

Lei inativa, sobrevivência no sertão,
Sem cultura, sem lazer e sem educação.
Lei inativa, na censura disfarçada,
Na seca do agreste, a tribo enganada.

Necessito de água para plantar,
De terras que produzam para se alimentar.
Acredito na coragem do sertão,
Fé cega do nordeste, Virgulino Lampião!


NO ESPELHO
(Kadjon)


Decadente corpo, imóvel.
Teu frio cinzento leva-me ao leito de suas lágrimas
E nesses instantes é o que me resta..
Como o horizonte das canções,
Nunca igual ao reflexo dos olhos,
Ou um porre qualquer, consolo meu.
A velha música do rádio não possui vida, nem dor.
E esse corpo decadente continua desesperançado.
A flor que o beija-flor matou,
A rosa que o sol secou,
O arco-íris que o verão levou
Fazem parte desse corpo...
Cicatrizes crucificadas no peito,
Saudades de uma era,
Na espera de um sorriso vulgar.
Pela janela vejo você, que voa e não me vê,
Quem sabe sou tua poluíção, teu corpo decadente.


POR VOCÊ
(Kadjon)


Vem,
Equilibrar-se na guerra dos beija-flor,
Dançar no meu salão de silêncio,
Abrir meus olhos e me amar.

Vem,
Admitir tuas intrigas, candear além mar, além de mim.

Vem, 
Mastigar minhas angústias...
Por você jurei morte ao universo,
Fiz do inverso meu dia mais claro,
Mais raro foi o meu viver.

Vem,
Alongar meu riso, ultrapassar nossas fronteiras,
Inventar meu caminho.

Vem,
Cala tua boca e cega-me outra vez.
É sempre por você...


NAS COLINAS... UMA CONSCIÊNCIA.
(Kadjon)


Por dentro um eremita, esquecido pelo mundo,
Pintando caminhos e saudades, 
Buscadas no fundo do meu esquecimento. ..
Meu amor nossa ética é como uma flor
Que pode ser esquecida no jardim da memória
E morta por não praticá-la.
Meu amor, perturba-me saber que somos capazes de andar-mos
Nas veias sujas de nós mesmos e tropeçar-mos além de nós.
Talvez minha flor de dor, talvez meu cansaço diante de tudo...
Meu erro absoluto.
Instinto que dorme, sonho que acorda...
Meu lixo na galáxia perdida,
Atlântico pintado de preto, ar de enxofre, terra de ninguém...
Meu ego chora, berra e cristaliza-se com o nada.
Insciência do meu ser!
Saber do intato, sentir no íntimo, essência de tudo.


AO LADO DA USINA
(Kadjon)


Seres vivos extintos pelo próprio sangue,
Metamorfoses de um poder inútil,
Falsos sorrisos, opção calada,
Que não inventei.

Semanas voam, pássaros se esticam no chão!
Da carne ao fanatismo...

Incomum, fora do perigo!
Sinal fechado, tudo para manter a desordem.
Ao lado da Usina minha casinha desmorona,
Meu amorzinho morre com isso.

Nem respiro, nem planto, nem invento,
Experimento o veneno social.
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segunda-feira, 4 de abril de 2011

REFREXÃO DE MANÉ DA SERRA

 Por Márcio Costa.


Essir dia tava me alembrâno do tempo qui eu era minino. Deu uma sordade da gôta. Us tempo de atráis era marmió qui us di ôje, é vero qui ôje tem inegia pá nóis tê geladêra e tevelisão, mair meu tempo era mió. Meus neto qui istuda diz que já tinha um monte di guerra puraí, mair nóis num tinha ráido, num sabia nada dessa banda di longi, era mêrmo qui num tê. Naquelis tempo dava tudo qui si prantasse aqui puressis arredó, qui nem pricisava di comprá tanta coisa na budega da vila, as terra era boa, nova, ôje num tá dano nem jurubeba, tamém, o povo di ôje é tudo priguiçoso, pá num pegá mair na inxada, mete uns veneno véio na terra pá matá os mato, mata os mato e mata tudo, se é veneno. Isso é farta di respeito, o povo di ôje num respeita mair nada nem ninguém, no meu tempo si tomava bença du pai e da mãe pá durmir e pá levantá, o mundo era diferenti. Eu tô assim falano qui era bom, mair nóis sufria tamém, e cumo sufria, tinha umas secas arretada no sertão, as vêis era curta, mais as vêis durava muitos anos, pruquê tinha uns inverno qui nem chuvia direito e aí já imendava nôto verão. Aí acabava tudo qué di cumê, e o povo cumeçava cumê as parma, as fruta dus mandacarú, as raíz di imbuzêro, pruquê nem qui tivessi dinhêro num tinha o qui comprá na budega da vila. A maioria du povo si mandava prôtos lugá, mair tinha uns ateimoso qui ficava até morrê di fomi, nessa parte o sertão era ruim, mair era só chuvê qui a terra dava di tudo dinôvo. Ôje nem chuvêno dá mair nada, tem qui botá uns adubo, mair os pobi num pódi comprá adubo, aí se arromba, pruquê pobi num tem vêis. Uma vêis, num tinha chegado inda a idade di mi apusentá, caí de um satanáis di um burro brabo e entrevei da coluna, tava di um jeito qui si mexesse cum dedo apregava uma dô dos inferno nas costa, aí num pudia trabaiá. Os povo sabido dizia qui eu pudia pidí apusentaduria, si num pudesse mair trabaiá eles dava, aí eu fui na cidade percurar o lugá onde se apusenta, mair aí o dotô di lá disse qui eu num pudia mi apusentá pruquê eu tava novo e tava era cum manha, aí proguntei pá ele si o dinhêro qui eu ia recebê era dele, e ele disse qui não, era du prisidente, aí proguntei pra ele si ele dava o áiz pu prisidente, pruquê num tava quereno mi apusentá pá num gastá o dinhêro du prisidente. Aí tive qui brigá cum puliça e delega adispôis. Os tempo atráis era mió, ôje nóis já tem inté tevelisão, prumodi vê as coisa du mundo, mair tamém só passa coisa ruim. É vero tamém qui só tem coisa ruim no mundo, os povo morreno tudo di tiro e terremoto, tem inté uma tá de raidiação no Japão qui tá matano tudo, mair devi di tê coisa boa inda puraí. Ôje as coisa são mair fáci, só qui os tempo atráis era mió, tinha São Jão, tinha quadria di São Jão, ôje as quadria é tudo di bandido. Tinha passarim no mato pá caçá, eu gostava di forró, mair era forró cum sanfona, ôje num tem mair forró cum sanfona... Hê! hê! Dá uma sordade da gôta.
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sexta-feira, 1 de abril de 2011

ESTAMOS JUNTOS NESSA ESTRADA.


 
“Todo aquele que contesta a autoridade e luta contra ela é Anarquista.” Diz Sebastian Faure.


Quem é que gosta e deseja ser explorado arbitrariamente? Quem gosta de ser injustiçado e desrespeitado? E privado de sua liberdade, que é o seu direito natural universal. Um direito intrinsecamente humano que transcende a sua decretação por qualquer constituição. Então, todos nós somos anarquistas por natureza e essência!
O Anarquismo não é bandeira, não é símbolo, partido ou instituição. O anarquismo está em seu caráter em sua personalidade. Manifesta-se através dos seus sentimentos mais puros: o amor, a felicidade, a solidariedade, a compaixão e o respeito.
Negar o anarquismo é negar a sua essência. É descaracterizar-se; anular o caráter mais humano que a criação nos concedeu: A natureza libertária!


EU ZUMBI


Não tenho nada
Só um corpo para me abrigar.
Sou uma fagulha de vida
Alojado em um corpo
Que perambula entre
Lapsos de realidade e
Alucinações.

O que tenho
É somente o mínimo
Do resto de todos.

Eu zumbi!


Por Décius Filho.
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