sábado, 23 de janeiro de 2010

Fotos e mais Fotos





" Nosso Brother EDDY PUNK"

  



quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

MÁRCIO COSTA: SINÔNIMO DE POESIA


NÃO-SER
(Márcio Costa)

Atrás da porta era só a casa vazia e eu
Era só uma câmara escura e congelante
Onde vagavam neblinas escuras de lembranças e medo
Era apenas um infinito vazio gigante.

Depois da porta me diziam que era o mundo
Diziam-me que havia vida e matéria, não vi nada disso
Abaixo de um firmamento escuro e nublado
Abaixo de uma lua triste atrás de nuvens estranhas
Eu era um vagabundo.

Aquelas ruas não eram nada pra mim
Centenas de corpos almáticos sem rumo
Perdidos no tempo sem saber quem são
Sobreviventes de guerras e massacres
Achando-se fortes sem saber qual a razão
Aquelas ruas não eram nada pra mim.

Depois da porta não vi nada parecido comigo
Um fundamento perfeito que há muito tempo se perdeu
E não sendo mais perfeito, aos destroços continua
Um grande espaço deficiente e incapaz como eu
Depois da porta decidir ir ao infinito.

Sou agora um imóvel corpo gasoso fora de si
Não sinto, não vejo, não opino; inconsciente, desviado
Não sou do mundo nem do eterno, nem sou eu
Apenas é do mundo um velho corpo
Que pelo metal foi penetrado
Sou apenas um espaço vazio fora de si
Porque a razão de tudo se perdeu.



NÁUFRAGO
(Márcio Costa)

Em um vazio silêncio mórbido
Eu sou um náufrago.
Em um abismo escuro sem fim
Eu sou um náufrago.
Um espírito que vaga sozinho,
Nos mais tristes mundos ocultos,
Nas mais longas noites profundas
Eu sou um náufrago.
Afundo-me cada dia na tristeza
De um quarto fúnebre,
Onde procuro a cada dia um segredo,
Uma mágica pra ser eu vida,
Em um vazio sonho que não se realiza,
Em um triste desespero na vida.
Eu sou um náufrago
Cada parte de um possível futuro,
Cada hora de agonia sem cura,
Cada passo apressado ou bêbado
Nas calçadas.
Vejo no frio escuro
E nas mais situações e lugares
Eu não me acho,
Vejo-me apenas aqui
Numa noite longa de silêncio,
Num mar de ilusões do pensamento,
Em um silêncio sombrio de um quarto
Eu sou um náufrago.


VÍRUS
(Márcio Costa)

Propagação viral incurável
Percepção limpa resolução
Obediência imediata do cérebro
Regra variável
Poder do povo anunciado
Ótimo futuro nas promessas
Velocidade baixa
Enquanto o mundo tem pressa
Mais uma vez você foi burlado
Você teve o poder de dar poder
Esse poder foi superfaturado
E se não merecem a soberania
Você age pela democracia
Mas tem seu poder negado
Baixo teor de protesto
Ninguém percebe
Prefere calar
Propagasse o vírus
Obedecem sem falar
Uma tal constituíção
Que não passa de dejetos do poder
Pra te prender
Na desgraça dos problemas
Que não há de se resolver
Baixo teor de protesto
Na maior classe social
Sofrem calados
Mesmo necessitados
Por medo do poder    
Que não passa de uma doença:
Miasma cerebral.
 


UM ESTRANHO E UM CAMINHO
(Márcio Costa)

Segue-se um longo e estranho caminho
Algumas pegadas que ficam, outras se evaporam
A cada passo fica perdida uma ilusão
Criada onde o que se quer não se consegue
Segue-se a cada curva mais sozinho.
Segue-se um longo e estranho caminho
Entre veredas de escuro e solidão
Passados risos rarefeitos que se perdem
Futuros ouvidos não acharão a menor graça
Mas o tempo passa, a cada tempo mais sozinho.
Segue-se um lento e estranho a vagar
Sobre o chão não segue sua sombra
Não segue seus passos tardos, só o silêncio
Ao contrário percorre os passos de certo alguém
Segue-se lento, um estranho sem alento, a soluçar
Segue-se ao longo, um sentido distorcido
Por entre velas gigantes de ilusões e medo
Os outros o vêem a acham ser o mesmo
Mas o fantástico interior nunca pode ser visto
Segue por ali um estranho
Que pode nunca ter vivido.



AUTO DESCRIÇÃO
(Márcio Costa)

Meu nome é ninguém
Sou um vulto triste
A vagar pelos becos da imaginação
A procura de uma certa felicidade
Mesmo que dure um minuto
Mesmo que seja ilusão
Sou um mero solitário
Vagando em volta do mundo
A procura de alguém...



VOLÚPIA
(Márcio Costa)

Face lívida, linda, que engana
Corpo irresignável
Tentação alucinógena
Que deixa nojo no fim e finda
Ainda que tarde
Haure
Um ser límpido
Unge com lodo.

Face ignominiosa
Esconde falsa opulência emotiva
Ludibriosa
Falsa imagem do aprazível
Desprezível
Existência retrógrada
Desejo excêntrico do ser
Que muitos tentam viver.




SENTIMENTO DE UM VELHO NA CIDADE
(Márcio Costa)

O vôo de um bando de pássaros
Num dia azul qualquer
Faz-me lembrar dos velhos verdes campos
do meu lugar.
As belas flores vermelhas, azuis , amarelas,
Os sagüins, os pássaros, o luar.
Lá a gente podia ver as estrelas alegres piscando tão belas

O vôo de um boeing no aeroporto
Num dia cinzento qualquer
Cecado pelo concreto morto
Traz-me não sei que desgosto
E um desejo de estar
Nos velhos verdes campos do meu lugar.


TENTATIVA VÃ DE DESCREVER A ESTRANHA COISA CHAMADA AMOR
(Márcio Costa)

Como são os seus olhos
Vistos por meus olhos?

E como são os meus olhos 
Vistos por seus olhos?

O que sinto ao ver seus olhos?
E o que sente, você, ao ver meus olhos?

Passei uma hora tentando entender,
descrever e escrever...

Agora concluí que tudo isso é intendível,
indescrevível e inescrevível.


MODERNIDADE
(Mácio Costa)

A modernidade apagou as cores,
Mais almas dormem nas calçadas,
Preferem hegemonias a coisas variadas.
Antes éramos felizes,
Dançando ao som dos tambores,
Sem grandes dores.

A modernidade matou a alma,
Eles destroem a si próprio
Na busca utópica pela perfeição.
Consideram-se inteligentes máquinas
Emergida de corpos celulares do miasma,
Surgido da grande explosão.

Corridas espaciais,
Corridas armamentistas.
O que há além do sol
Mais belo do que a terra?
As nações se destroçam por lucros,
A inocência perece na guerra.

A modernidade cobriu o sol
Com a fumaça do futuro,
A modernidade fundirá a vida 
No fogo da última grande invenção.



sábado, 16 de janeiro de 2010

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

IDÉIAS: SEÇÃO POESIA


Diferente dos olhos

(Kadjon)


Retratos de um dia, um dia sem escudo,
O arco-íris quase veio sentir o girassol.
Perto de um caos, um caos sem escudo,
No qual a elite sorria alegremente.

Um dia sem escudo, lágrimas a declarar o amor,
Uma eternidade sem sentimento...
Um sonho sem escudo, perto de um caos...
Quase acontece um encontro de corações.

Um dia sem retrato, a elite continua a sorrir,
O caos sem escudo, perto de um sentimento.
Perto, perto...
Perto de um sentimento.



Sonhos Sentimentais
(Kadjon)

Vida...
Caminhos, pedra, flor, espinhos,
Nuvens e você.
Decalques no nada, outrora, pessoas...
Tempo, vento incerto, razão escondida.
Sonhos, insônia... Sorrisos nunca meus.
Pecados camuflados, rascunhos, quase seus.
Chuva, ar... Ar que me sufoca, ao te ver.
Vida que me tem,
Que me cerca com os mesmos dias,
Que me cerca com os mesmos valores.
- Que a paz e o amor saíam do dicionário
E andem de mãos dadas nas ruas da minha mente...



Sina
(Kadjon)

Cinzas de rosas, segredos,
Jardim de árvores secas, tristes.
De onde vêm todas as almas solitárias?
Para onde vão?
Dono das noites! Observe os passos,
A direção que se encaixa nos dias esquecidos.
Verá que nada foi ao acaso
Nem o pensamento que aqui está!
O eco do frio completa a poesia,
Mostra os primeiros erros
Guardados em reticências, mas,
O insone continua a sonhar.
Sina...



...
(Kadjon)

Idéias vagas e esquecidas
Fazem-me adormecer em lugares esquecidos
Distante de alguém que nem vejo,
Distante de um dia, que aprendi a sorrir...
Uma poesia acompanhou toda a linha,
A linha imaginária, que imagino há tempos.
E há tempos vivo seguindo essa linha,
Talvez desde quando entrei em mim...
Ao fechar os olhos, silenciosamente ouço gritos,
Gritos e passos de pés descalços... 

Distantes da linha.
Não entendo as diferenças!
A linha se esconde do silêncio forçado,
Nem se quer a poesia se desfez,
Nem se quer os segundos teve vida,
Não entendo as diferenças!



Quem sabe?
(Kadjon)

Como se fosse o meu cansaço,
O meu medo, ou minha vontade de morrer...
Os caminhos querem se cruzar,
Sabe por quê? Não sei...
Dias enterrados se foram... Num sol qualquer.
Passei por aqui uma vez, o que fiz?
Ignorei todas as minhas oportunidades,
Por pensamentos presos, excêntricos...
Seus olhos hoje estão avermelhados,
Dentro de uma obra qualquer que fiz,
Simplesmente para queimar...
Junto de mim está um objeto de observação,
Triste e confuso, querendo explicação.
Sou fruto de um acaso doente,
De uma paisagem em formação.
Quem sabe? Os passos são acasos...
 


Dia
(Kadjon)

Folha a correr... 

Inventando um cenário que sonhei,
Dia molhado, rabiscado,...
Poder quase que criado.
Na calçada que me sento,
Há um buraco na nuvem mais linda que pude encontrar,
Dia pousado em vertigens.
Onde lágrimas é o puro suor do sol,

fundidos com os juramentos 
sem o mínimo censo de realidade.
Cadê a tal babilônia? 

Que todos acham num sorriso?
Numa lembrança, num segundo passo,...
Desses dias imperfeitos, jurados por paixões,
Confusos por desamor, inventados num sonho.
Sobras sobradas sobre o normal e o Teu olhar...
Quem resulta nesses pensamentos indecisos?
Sinto pressa em ir embora, jamais amei por amor,
Isso ficou fora de todos os meus planos,
O que fiz dos meus dias?



O que tanto me consome...
(Kadjon)

Por todos os cacos de vidro que me cortam,
Vejo os furos dentro da minh’alma.
De todo o sangue derramado
Cristalizo minha morte na tua inópia.

O que me sobra talvez sejam apenas pegadas,
Que certamente o tempo levará...
Tempo inimigo, distância inimiga,
Saudade inimiga, vida ...

Quem mais precisará de palavras passadas?
O futuro é como o ciclo vital de uma borboleta,
Só saímos do casulo com a conclusão da morte,
O que é a vida? Apenas dúvidas ...


Excêntrico
(Kadjon)
  
Sozinho como o vento,
Que brinca com o tempo,
Triste a respirar o que tanto me dói.

Sozinho como a reia,
Que num dia de chuva se vai...
Mas que num dia de sol
Volta a fazer a mesma poeira de sempre.
Órfão sem amor, maior abandonado sem certeza,
Triste como o orvalho, que no frio se vai...

Buscando o que nunca me tenta,
Querendo o que não me contenta,
De um jeito angustiado num sorriso,
Numa doença incurável que me dói,...
Inerte como o sempre...

domingo, 10 de janeiro de 2010



Éramos Índios...



domingo, 3 de janeiro de 2010

ROTAVÍRUS

sábado, 2 de janeiro de 2010

SEÇÃO DE CANÇÕES : LETRAS


Cerébro de 1/² kg


Eu não posso mais, tenho que falar
Essa indiferença tem que acabar...
Você com essa inteligência de merda,
Finge fazer tudo e não faz nada,

Eu digo pra você e você não quer escutar...

Porra!!!

Preste atenção, aprenda o bê a bá,
Um dia essa porra tem que acabar.
Vida fudida debaixo da ponte,

São muitos filhos passando fome,

Senado covarde só sabe roubar
As nossas crianças vive a ignorar.



Porco no poder

Quando, precisar de uma greve
Vai ser tarde demais...
Escondem nosso grau de sobrevivência.
Ao abrir os olhos e ver:

Porco no poder, porco no poder,
Porco no poder, filha da puta é você,
Não sei o que fazer, não tenho o que comer,
Inventam na tv uma putinha pra você.

Não importa mais o que se passa em Brasília
Não me importo mais com essa guerra de guerrilhas,
Não tô nem aí, não tô nem aqui...

Porco no poder, porco no poder,
Porco no poder, filha da puta é você,
Não sei o que fazer, não tenho o que comer,
Inventam na tv uma putinha pra você.


Cara Lisa

Eu não ponho máscaras, não tenho cara lisa,
Com os políticos dizendo mentira...
Tenho minha conduta, não sou mais um otário,
E digo a verdade, não fico no armário.

Não escondo mala preta, nem falso salário,
não tenho vergonha de ser um miserável...

Eles vão pra lá e pra cá num belo vai e vem,
Em carrros do ano, o que eles convém?
Pra cima e pra baixo em aviões de última geração,
Eles não tem coração...


Zé Brasil

Ordem e progresso, lixo no senado,
Autoridade filha da puta...
Mídia que defeca em você,
Foda-se esse exército de ladrões,
Na bandeira, a vergonha mundial!!!

Sem cor, meu amor, hoje eu sei
Nosso quadro de bom exemplo caíu,
Crianças não aguentam mais
Tanta fome e corrupção.

O abandono nas ruas, a guerra na igreja,
Mais uma vez não ten nada na mesa
E o que dizer pra quem tanto amo?
Diz Zé Brasil, me diz...

Que mata seus filhos por querer
Que o dinheiro público está no poder
Em coisinhas que custam vidas.
Diz Zé Brasil, me diz...

Que não existem heróis da resistência,
Que nossa carência é toda sua.
Autoridade filha da puta.


Lampião

Autor de uma poderosa arma
Conhecido como bandido do sertão
Seu tiro alcançavamais velocidade e luz
Estou falando do cangaceiro Lampião.

Nasceu no sertão pernambucano
Cresceu pastoreando seu gado
Menino de infância pobre e comum
Com sonho de ser vaqueiro renomado.

Mas a vida lhe pregou surpresas
Envolveu-se no crime por questão familiar
Foi pra vingar a morte de seus pais
No cangaço resolveu se alistar.

Agora conhecido como rei do cangaço
Ele e seus cabras sofriam perseguição policial
Cometiam vários crimes e orgias de sangue
Seu bando virou notícia nacional.

Arquitetodas das mais engenhosas façanhas
Agora sofria represália da polícia
Foi assassinado em uma emboscada
Morreu junto com sua companheira Maria Bonita.


Evolução

Homens sapiens, homem primata, homem evoluído,
Homens modernos, futuro destruindo o universo...
Evoluímos no trabalho, ocupados com nossas ignorâncias,
Criando problemas com invisíveis soluções.

Ondas de calor, geleiras em vapor
Vento, chuva e o efeito estufa, quem se preocupa?
A camada de ozônio parece brincadeira
Nos preocupamos no verão, mas no inverso inundação...
E nossas crianças não tem onde morar.

Flores da primavera caem no outono,
queimam no verão nossa nação!!!!!!
Homem evolução...
Homem destruíção...


Viver em silêncio e mais nada

Hoje a rua está tão limpa, não vejo mais ninguém
Hoje eu sangro o que me convém,
Expor toda a sujeira desse mundo fútil!!!!
Se preocupando com pobres inutéis

E o sabor da vida e a doce inveja, que nunca acaba,
Quando não mata aleja...
Seu blefe é de amador!!!

Minha era é negligente, não bata na minha cara
Porque não sou indigente,
Pra sua santidade um beijo diferente
Composta em amor falso

Darei- lhe novamente, limparei meu caminho
Esquecendo o pudor dessa vida errada
Viver em silêncio e mais nada!!!


Ilusão

Se eu fosse o único vivendo a protestar
Esta vida de amarguras eu iria mudar,
Mas, amigos se separam, prefiro nem falar...
A vida é inimiga da própria solidão.

Tornamos aliados de qualquer razão,
Somos donos do mundo, cheios de ilusão,
De homens psicopatas e sem convicção.
Nossos sonhos são apenas ilusão.

Dia a dia nessa agonia
De ver o poder se tornar em nostalgia
De ver a angústia de quem não devia,
De viver em uma monarquia...

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Ensaiando... JAM do kralho!!!!!!

HC aos extremos!!!!!!!!! Primeira vez que tocamos um MACHINE Psicodélico!!!

ATENÇÃO!!!!

"Parte integral da existência coletiva, o homem sente sua própria dignidade a um tempo em si mesmo e nos outros, e, por isso, traz no coração o princípio de uma ética que está acima dele. Esse princípio não tem origem no mundo exterior, mas surge dentro dele, é inerente a ele, constituindo sua essência, a essência da própria sociedade".