quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Abaixo-assinado Construção de Pista de Skate Pública para a cidade de Ribeira do Pombal/BA


"O presente abaixo-assinado tem por objetivo solicitar junto aos órgãos públicos competentes a construção imediata de uma pista de skate pública (skate parque) para a cidade de Ribeira do Pombal/BA, que atenda as necessidades dos praticantes da modalidade street, tendo em vista a carência desse equipamento no município". 



segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

POESIAS SEÇÃO VIII

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A MANGUEIRA ( Lembrança dos 9 anos)

No caminho das garças,
À beira do córrego de esgoto,
Pertinho do Orfanato,
As mangas caíam e matavam a fome
Não só minha, mas, de toda a molecada.

Eram tardes inesquecíveis...
De pés descalços e dentes desbotados, 
Correndo atrás das pongas que encontrava,
Escondendo-se detrás da mangueira.

Sempre de barriga cheia e feliz,
Não sabia dos dias,
Mas, sempre ao acordar fazer a mesma coisa.
Era esse o combinado.

Alegro-me ao recordar da criação de rua,
Onde aprendi de perto que os bons existem,
É só uma questão humilde de enxergar a vida.
Trago no peito toda essa construção,
Toda essa simples lembrança.


CAI BALÃO!

Sobre a desgraça na terra,
Em meio às drogas e prostituição,
Nas lavouras não pode não!
Muita gente depende do plantar.

Sobrevoa pelas lindas matas,
Mostra teu fogo ardente aos diplomatas,
Na cidade ou numa gravata qualquer!

Não deixa os pássaros sem asas,
Nem os camponeses sem casas,
Por uma diversão vagabunda e sem fé!

Pára com esse voo incerto,
Faz das tuas cores uma barreira bem perto,
E pousa sem culpa na minha mão.
Cai balão! Cai balão!


EM pomBAR

Épocas... 
Cultura é cachaça!
Da vida póstuma posso até contar, porque sei.
Sou sobrevivente de pomBAR,
Sob o sol escaldante de poluíção, 
Em terra estrangeira de nós mesmos.
Na tribo há fome e não consigo dormir, 
Sambo meu rock de barriga vazia...
Bater tambor e fazer macumba é o meu carnaval.
O dia-a-dia é estranho em pomBAR, 
As plantações de sacos plásticos não são as mesmas,
Meus doentes morrem por segundos.
Não consigo dormir com tudo isso!
Foda-se os Coca-colas de plantão!
Querem estragar a aurora com esse perfume fedorento,                     
Admira-me a tamanho dessa sujeira...
Do álcool, da imundicie, dessas drogas!
E as bicharadas de partidos nojentos continuam hein?
Os males de pomBAR....


POR VOCÊ


Sou teu riso a brilhar nos meus sonhos,
Na distância de nós mesmos...
Quem sabe uma lembrança tua, e
Por mais que seja esquecida
Ainda manifesta-se em ti.
Sou um paradigma indignado com o errado,
Por não saber entender as diferenças.
Inimigo do tempo e amigo da consciência...
Com isso canto meu lirismo medieval,
Nessa imensidão de flores e amores,
Que busco somente em ti.
Jurei ao universo essa minha verdade,
Agora sou um pássaro que voa bem longe,
Observando tua beleza no descobrir da aurora.
Reinventando o amor de outrora...
Por você.

PARANÓIA III

O milho seco, a língua no umbigo,
A canção do Belchior, o dó sem ré menor,
As idéias do Dom Carmo, a calma dos mendigos,
O perigo da encruzilhada, outro lado da filosofia.

O cifrão leviano no gibis sem heróis,
Na mediana vontade, saciada por sede!
Nem o sangue, nem a tese, só fato...
O jornal ainda é de ontem.

A malícia, o lodo, alergia e lágrimas.
O amor de Maquiavel, EU NÃO SEI DE NADA!
O derrame no arame, a veia furada, pedra lascada,
O amor platônico do Álvares, não Cabral, Azevedo...

Azedo como nossos desejos,
Anseios e medos.
Reais pela imaginação
Na paranoia desse mundo cão!


CONCHA DAS MÃOS

Abraço-te,
Mordo, sujo,
Cuspo, desenho,
Reinvento.

Mapeio, 
Cavo, espelho,
Choro, rezo,
Espreguiço-me.

Fecho, abro,
Esqueço...

Kadjon Nascimento

Revivendo o Rock Pombalense: Parte III

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LETRAS DA MALACO VÉIO

SUGADOR

Não sinto em lhe dizer
O que você não quer ouvir,
Que você vai morrer
E vai deixar todos aqui.
Não se importa com ninguém,
Só pensa no seu capital,
Vergonha isso, pois não tem
Tanto sentimento. E achando o tal...
Sugador! Sugador!
Um dia você vai para o buraco,
Onde os vermes vão te comer.
E a sua alma pode ser condenada
No inferno padecer.


FLORES PARA OS MORTOS

Hoje estou feliz,
É mais um dia que estou vivo,
Andando lentamente
Atrás da luz do fim do túnel.
É tudo tão difícil, é tudo tão escuro.
O cheiro da morte está no ar.
Flores para os mortos! 
Flores para os mortos!
O ódio alimenta a minha dor,
Somos feitos de carne e osso,
Presos a bens materiais,
O cheiro da morte está no ar.
Tudo tem seu preço,
Pra tudo tem seu valor,
Ninguém sabe o que eu sinto,
O cheiro da morte está no ar.
Flores para os mortos! 
Flores para os mortos!


LIBERDADE REBELDE

Não preciso me importar
Com que os hipócritas vão falar.
O meu instinto vai prevalecer
E na minha vida sou eu
Quem vou mandar.
Sou eu quem decido que música ouvir,
Sou eu que escolho que roupa usar,
A hora do dia em que vou sair,
A hora da noite em que vou deitar.
Se alguém perguntar como ando, que sou feio
Ou falar pra mim que tenho que mudar,
Vou te dizer que só faço o que eu quero
E com sua opinião não vou me importar.
Vou seguir em frente
Firme, forte e consciente,
Sem me preocupar se vou ou não agradar.
Sempre em direção da minha diversão
E assim da minha vida vou poder me orgulhar.


DURAS PALAVRAS

Palavras como pedras,
Arremessadas sem direção,
Agridem seus ouvidos,
Exterminam sua razão.
Ordens e incertezas fragilizam o povo,
Derramam o sangue inocente sem perdão!
Palavras de um ditador
Entorpecem à nação,
Dilaceram a liberdade,
Como bala de canhão.
Discursos difamados aquecem à ira,
Proclamam à guerra, 
Detrás da revolução!


NÃO QUERO

Não quero ser desempregado,
Eu quero um trabalho pra comprar o meu pão.
Não quero passar por necessidade,
Pra não ter que submeter tudo na mão.
Não ser induzido a criminalizar,
Deixar que a violência seja a solução!
Não quero ter que olhar pro lado
E ver playboy folgado dando de gostosão.
Não quero ter que voltar pra casa,
Depois de um dia de trabalho, muita pressão!
Ou ver um mundo desordenado
E sentir abalado o meu coração...
Há tantas coisas à serem mudadas,
Preciso concertar a minha atenção
E ver de que maneira eu posso ajudar
A tentar melhorar essa situação.
Poder deitar, dormir e sonhar
E acordar com empolgação!


NÍVEL SUPERIOR

O seu nível é superior,
Te dar um orgulho devastador.
Você foi pra Universidade,
Agora te chamam de doutor.
Vai ganhar muito dinheiro,
Vai mandar em todo mundo,
Nunca mais você vai ser pobre,
Nem mais entender e viver seguro!
O seu universo é bem mais amplo

Não se lembra de ajudar
Aqueles que não tiveram chance.
Só que quando se faz o bem,
Não quer saber de nada não.
O seu nível é superior,
Só vai aumentar a sua dor.


CONSCIÊNCIA ABALADA

A minha ferida está inflamada,
Não penso mais nada, a não ser curá-la!
A minha consciência cansa em falar,
Não dá pra fingir, não dá pra deixar pra lá.
A injustiça come solta,
A sociedade é cruel,
Toda miséria que vive a sua volta,
Te condena pobre como se fosse um réu.
O que vamos fazer para esse caso reverter?
Temos que mudar para todos usufruir,


A VIAGEM

Vamos viajar, vamos viajar.
Se você quiser vir baby, 
Eu garanto o seu lugar.
Vamos esquecer de tudo
Pra gente poder 
E lá no alto da montanha baby, 
O bicho vai pegar...
Vamos armar as barracas,
Acender uma fogueira,
Bater uma viola, viajar nas estrelas.
E depois disso tudo baby,
E depois disso tudo baby...
Vou te levar para um canto,
Vou beijar você todinha,
Vou tirar seu sutiã, vou tirar sua calcinha,

INDE


  O Fanzine Inde foi um canal alternativo de informação e comunicação da cidade de Ribeira do Pombal - BA. Esse contribuiu para o registro, a valorização e a divulgação da cultural alternativa do município e da região. Além disso, possibilitou o intercâmbio com outras cidades do país, por exemplo, com São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Sergipe, Manaus, Fortaleza, dentre outras. Ainda, foram distribuídos exemplares para zinotecas, bibliotecas públicas e expozines, (exposições de fazines).
  Foram cinco anos de existência com um total de 25 edições produzidas. O Inde foi lançado no ano de 2004 e encerrou a sua produção no ano de 2009. Ao longo desse período, o Fanzine passou por vários formatos. Iniciou-se, em seus primeiros anos, em formato A4, tipo ofício. Em meados da sua existência, experimentou o fotocopiado, assumindo uma estética visual mais agressiva, nos moldes de uma jaqueta punk. No fim, passou para o formato livreto, esse mais elaborado, limpo e organizado.
  Assim, o Fanzine inde, não foi somente um informativo, porém, é uma fonte de informação. Pois é um documento que registrou e disseminou a cultural alternativa. Deste modo, tendo em vista o interesse de preservar a memória do Inde, bem como, que possa continuar sendo disseminado, surgiu o propósito de armazená-lo em um espaço virtual. Por conseguinte, o “Blog Rotavírus”, tornou-se nosso parceiro e será o espaço onde o Inde ficará guardado e disponível para o acesso de todos que queira conhecer e/ou obter os seus exemplares. Confiram todas as edições desse clássico Fanzine logo abaixo, nos links.


1. ZINE INDE    1.1 ZINE INDE    1.2 ZINE INDE

2. ZINE INDE    2.1 ZINE INDE    2.2 ZINE INDE

3. ZINE INDE    3.1 ZINE INDE    3.2 ZINE INDE

4. ZINE INDE    4.1 ZINE INDE    4.2 ZINE INDE

5. ZINE INDE    5.1 ZINE INDE    5.2 ZINE INDE

O BLOG DA ROTAVÍRUS INICIA O ANO COM GRANDE EXIBIÇÃO DE DESENHOS:



Por: JOHN KERSON