segunda-feira, 17 de novembro de 2014

VILLA F5 - DIA 28/11. LAGARTO SERGIPE.


O cantor e compositor Tico Santa Cruz, acompanhado da banda O REBU, interpreta clássicos do rock que influenciam sua carreira, além de músicas inéditas de sua autoria. Com versões de Raul Seixas, Mutantes, Cazuza, Jim Morrison, Celso Blues Boy, Legião Urbana, Blitz, Barão Vermelho e outros. O REBU é:

Tico Santa Cruz - Voz e Violão
Renato Rocha - Guitarra
Claudio Paradise - Guitarra
Macca - Baixo
Fabio Brasil - Bateria

TRECHO DA BANDA O CISCO. SHOW NO ESPAÇO ADEGA POMBAL EM 15/11.


Publicação by O Cisco.





sábado, 1 de novembro de 2014

sábado, 18 de outubro de 2014

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

sábado, 27 de setembro de 2014

Resenha: Cavalera Conspiracy em Salvador, por Décio Filho*



Em uma data histórica, 7 de setembro de 2014, dia da Independência do Brasil, foi a vez de Salvador, Bahia, receber um dos shows da turnê Sul-americana do Cavalera Conspiracy. Noite fria e chuvosa do domingo, fui ao evento com o objetivo de ver os irmãos Max e Iggor, tocando novamente juntos na capital do Estado e no País. Em frente a casa de show, The Hall, por volta das 19hs, já era possível observar um bom público aglomerado, não só da capital, mas também de cidades do interior. A galera foi chegando aos poucos. Muitos permaneceram do lado de fora, preferindo a cerveja mais barata e a audição dos sons dos carros que tocavam quase que unânimes álbuns das fases iniciais do Sepultura. Assim só entrando por imposição da chuva que começou a despencar, por volta das 20hs, consequentemente não viram a apresentação da banda de abertura, Capadócia, metal, do ABC paulista.

Por volta das 21hs é a hora do Cavalera, o sexto show, o terceiro consecutivo, da turnê que começou no dia 31 de agosto em Brasília. A aparição de Max Cavalera o leva a uma recepção calorosa, com gritos, aplausos e punhos ao alto. “E aê Salvador!” “Vocês estão prontos para detonar esta porra?”, saúda Max a plateia. E com sua guitarra em punho manda a primeira 'Inflikted', e uma roda é formanda no meio da casa de show, que só encerrou na última música do repertório, 'Roots Bloody Roots'. Outros destaques do setlist, como prometido pela banda, foram as músicas da fase do Sepultura. Tocaram, 'Troops Of Doom', 'Beneath The Remains', 'Inner Self', Arise, 'Desperate Cry',    'Refuse/Resist', 'Territory', 'Atittude',  'Orgasmatron' e 'Roots Bloddy Roots'. Ainda foram apresentadas duas músicas novas, 'Bonzai kamikaze' e 'Babilonium Pandemonium', do terceiro álbum “Pandemonium” que será lançando em novembro deste ano. Como participação, Richie Cavalera, filho de Max, dividiu o vocal em 'Black Ark'.


É evidente as limitações físicas de Max, estas decorrentes do ciclo da vida, das sequelas da rotina pesada das turnês somada ao consumo de algumas drogas, principalmente a época do Sepultura. A voz não é mais a mesma. Há dificuldades de impor o vocal grave e rasgado, que o consagrou no Sepultura. Entretanto, a sua experiência e genialidade o conduz aos atalhos, enfrentando todas as limitações. O velho Max demonstrou um total espírito jovem. Se preocupou com a qualidade do som e em comunicar com o seu público. Ele tava em casa, queria falar com os seus, não poupou o português, “Vamos aê salvador”, “Grita aê!”, “Como vocês estão”, “Canta mais alto!”. Era visível a satisfação em tocar, faixa por faixa do repertório.

Por fim, o show superou as minhas expectativas a qual o fato de ver os irmãos Cavalera pela primeira vez já seria satisfatório. Vi um Max com bastante disposição e bem à vontade. A The Hall me surpreendeu também, uma ótima casa de show, com um bom palco e acústica. Eu tava ali vendo os caras detonando tudo. Um sonho de adolescente realizado. Sai do evento com plena convicção que ainda teremos muito mais trabalhos de Max e Iggor Cavalera pela frente.
 
 
*Décio Filho é arquivista e colaborador do eventual blog.


quarta-feira, 24 de setembro de 2014







































Álvaro Assmar_Show de lançamento do novo CD "The Old Road"

Evento: Álvaro Assmar_ "The Old Road"
Data: 25 de Setembro de 2014
Hora: 21:00 hs
Atração: Álvaro Assmar
Local: Teatro do IRDEB
Cidade: Salvador \ Bahia
Ingresso: R$ 30,00



segunda-feira, 18 de agosto de 2014

terça-feira, 1 de julho de 2014

quinta-feira, 26 de junho de 2014

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Confira as datas da turne Gritando HC para agosto:



Aproveitem a promoção de PRÉ-VENDA do DVD HORDA PUNK Turnê pelo Nordeste...


Durante a pré-venda, o DVD poderá ser adquirido com desconto por R$ 20,00 com o frete gratis. A partir do dia 01 de julho, o valor será reajustado para R$ 20,00 + o frete.
São 22 músicas, com faixa bônus Esgoto ou Lama com a banda Cama de Jornal.
Reservas In Box com Houly Horda Punk.





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terça-feira, 17 de junho de 2014

segunda-feira, 16 de junho de 2014

domingo, 15 de junho de 2014

quinta-feira, 12 de junho de 2014

quarta-feira, 11 de junho de 2014


A VIDA É UM MORANGO


Não queria uma vida agitada, jamais. Eram cinco da manhã e tinha que estar de pé. Aquele velho sonho havia se repetido. Não somos livres, quando achamos isso ainda somos escravos de nós mesmos, do silêncio e da palavra, tinha suado, a coberta molhada com aquele medo de perder o que nunca teve, mas a mente cobrava pelo silêncio, contei os dias futuros que teria que encontrar os mesmos olhos e o mesmo sorriso em minhas madrugadas inconscientes. Meus dedos tocaram a janela, ao abrir e ver a chuva fininha que caía decidi que não iria trabalhar, não naquele dia, talvez nunca mais, não, não iria ligar pra ninguém, falar com ninguém e nem dar satisfações a quem quer que fosse. Seria de mim, para mim, para a chuva e para o mar, mandei para o inferno o emprego, as coisas irritantes e todas as pessoas chatas que consegui lembrar naqueles instantes. Ouvi a música que tocava baixinho, me senti feliz dentro da infelicidade e decidi que ela também iria ficar ali o dia inteiro, não desliguei o aparelho. Procurei um casaco e um guarda chuva e mergulhei porta a fora por entre os pingos que caíam junto ao vento e terminavam ao chão leve como uma poesia doce tocando a alma adolescente e me dirigi em qualquer direção, o acaso me levaria. O dia seria daquele jeito, bonito e soturno. O acaso decidiu pelas ruas que eu nunca, ou somente algumas raríssimas vezes, havia passado. Eu decidi pela praia. Com certeza não haveria ninguém por lá.
As pessoas já movimentavam as ruas, o mundo quase não respira, o concreto nos fez parecer com ele, até a chuva molha carente de atenção. Acostumamos-nos a ser um produto, a peça que cumpre regras e horários, que toma formas não desejadas, que veste elegante e sorrir o branco perfeito da felicidade plastificada, que corre quando não pode mais andar, corpo e alma cambaleando, ambos se sustentando um no outro, vomitando alegria em sexo e cachaça. Pensei onde estaria agora a dona daqueles versos sem resposta, e pensando decidi não enxergar mais os prédios e comecei a ver dezenas de árvores gigantes, eu era um pequeno andarilho naquele mundo desconhecido, animais enormes passavam por mim mas não me tocavam, estava sendo o centro de mim mesmo. Flutuei. As ruas tornaram-se campos floridos entre as árvores. Dancei por entre os pingos de chuva lenta daquela manhã doce. Eu era rei. Enormes pássaros me cumprimentavam em revoadas. Era o mundo de lá, meu infinito... Mas onde estariam aqueles versos sem resposta? Estariam em uma gaveta num quarto desconhecido? Alguém ainda os lia? Seriam agora átomos dispersos? Talvez. O quanto às coisas podem ser passageiras, isso assusta. Era o carinho, tornou-se passado. Não responda uma pergunta, não aquela resposta esperada, se não vai seguir cale-se e não seja o que nunca foi. Agora eu não andava mais por entre as árvoresgigantes, aquele mundo passava por mim, me mantinha imóvel e tudo corria ao meu redor, os pássaros voavam na direção oposta e o céu desfez-se aos poucos em notas de um piano que vinha de uma casa aos arredores de onde eu caminhava. Já havia observado antes aquele ser de longe por uma janela, era um homem singular, suas notas eram de solidão e saudades, naquele dia eram notas de frio também. Parei um instante para ouvir. Ele descreveu meu mundo, minhas cores, minha procura. Meus olhos fitaram a parede quase sem cor trazendo a lembrança de um sonho intrigante onde eu andava por uma rua deserta e tudo ficava sem cor depois que eu passava, mas, era somente um sonho. Continuei a caminhada, a chuva continuava a escorrer pelo meu guarda-chuva. Era meu ser o conflito. A finalidade do meu desaguar em alma pelas ruas daquela manhã chuvosa se dissolveu na umidade. Nem sei se havia uma finalidade. Pensava em mais interrogações, exclamava por pontos finais ou de pausas, mas voltavam as malditas interrogações. A nota do piano ficara longe. Como eu poderia descrever a vida?
Desisti das definições teológicas e filosóficas. Cientificamente correto as vezes também causa enjoo, a tragédia grega não é bem vinda quando estamos diante do nosso inexplicável. A rua passou. A areia da praia chegava aos meus pés, não sabia quanto tempo tinha se passado desde o momento em que saí. Ventava forte, gelado, mas eu queria sentir. Não sentia saudades, talvez não. Apenas queria de volta aqueles versos sem resposta, depois deles não havia outros mais, precisava daquilo pra continuar. Precisava dos versos, queria destruí-los, apaga-los da história, queimá-los numa fogueira no quintal e começar de novo. Precisava pegar aquele passado e mostrar pra mi mesmo, e dizer não pense! Não escreva! Não fale! Meus pensamentos gritavam tão alto, em tumultos e discordâncias, que mesmo estando solitário olhei instintivamente para os lados, a examinar se alguém não tinha ouvido aquela guerra. Não estava sozinho. Um ser com a alma tão inquieta quanto a minha havia aproveitado a chuva para talvez, disfarçar as lágrimas e as interrogações a beira da praia. Aproximei-me devagar. Ao pedido de licença pra me acomodar ao lado recebi um gesto afirmativo com a cabeça. Tinha cabelos negros, algumas quase invisíveis, mechas verdes, acho que eram verdes. Os olhos me pareceram familiares, mas talvez isso fosse apenas devaneios meus. Perguntei seu nome, respondeu-me que precisava de silêncio. Calei-me. Ficamos imóveis longos quartos de horas, a chuva não parava. Parei de pensar em mim e comecei a tentar hipóteses sobre o que se passava por trás daqueles olhos em frente ao mar. Quem sabe chorasse, não percebi. O silêncio entre dois, mesmo desconhecidos, por incrível que pareça me incomodou. Questionei-me em pensamento porque havia saído ás cinco da manhã sob a chuva, sem direção, e parado naquela praia. Mas tudo em mim estava muito pesado. Olhei a moça ao lado, ela havia feito o mesmo que eu, e contra sua advertência sobre não querer conversar, perguntei o que achava sobre a vida. Após um minuto ela moveu-se, olhou-me e riu, em reposta me disse, a vida é um morango. Levantou-se e saiu. Não lembro quantas horas mais fiquei naquela chuva, não lembro quando voltei. Nunca mais a vi.
A vida é um morango. Fiquei irritado e intrigado com aquela afirmação por dias. Por que diabos a vida seria um morango? Ela teria uma explicação para aquilo ou seria apenas uma bobagem pra zombar da minha pergunta complicada e inútil? Depois de adultos começamos a viver o tempo todo tentando descobrir o segredo das crianças e tentando entender porque perdemos ele. Detesto morangos, eternamente detestarei morangos. São tão belos, bem que poderiam ser flores. Atraentes visualmente, mas em meu paladar eles não são interessantes, não entendo porque todos gostam tanto. E agora eles me perseguem. Estão por toda parte, em meu pensamento, estão lá me esperando nas minhas compras no supermercado, morangos voam em meu céu, chovem no meu telhado no inverno, vivo ouvindo e cantando morangos, às vezes me sinto um morango. Até me peguei outro dia comprando os tais, não para comer. Fiquei horas a observá-los, não achei neles nada de significativo para compará-los a uma vida. Mas a frase era tocante e tinha o poder de me acalmar. Sim, concordei comigo mesmo, me convencendo de que ela, a tal vida, era um morango e não necessitava explicação para isso. Jamais sairá da minha mente a afirmação daquela moça. Talvez ela tenha me tornado mais leve. Ah! Ela tinha que saber. Perdi aquele emprego naquele dia, mas valeu, descobri o suposto significado da vida. Ela se torna mais mágica e significativa quando estou cheio de problemas e lembro-me do que ela é. Se caso esqueço, o fantasma da garota desconhecida da praia sussurra em meu ouvido na madrugada após os sonhos agitados. Ontem brinquei na chuva. Hoje o mar está calmo e o céu limpo, muito azul, talvez aquela moça um dia apareça, quem sabe. A vida é um morango.
''Inspirado no mantra um tanto esquisito de minha amicíssima Jessica,que está me devendo a explicação desse troço"(risos)



(Márcio C. Mattos)

segunda-feira, 2 de junho de 2014

REVIVENDO O ROCK POMBALENSE: PARTE V


Esse é o primeiro Álbum da Dupla Rock and Roll da cidade de Ribeira do Pombal - BA. Lançado em meados da década de 90. Titulado como A Força das Pedras, o disco traz a nostalgica relação humana com a natureza, além dos clássicos romances da dupla. Abaixo o link para download. CONFERE: 




sábado, 31 de maio de 2014

Uma das maiores bandas do Pop Rock vai destruir com aquele som que marcou e ainda marca nossas vidas. Alô Lagarto, alô Sergipe e alô Nordeste, A Villa mais charmosa do Nordeste traz para vocês - Nenhum de Nós. Marque sua presença.

Fonte: VILLA F5



quinta-feira, 22 de maio de 2014

sexta-feira, 9 de maio de 2014

quarta-feira, 23 de abril de 2014

terça-feira, 18 de março de 2014

segunda-feira, 10 de março de 2014

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

REVIVENDO O ROCK POMBALENSE: PARTE IV


Das antigas, uma das primeiras Rock Bands de Ribeira do Pombal-BA. Arnaldo: vocais , Cid: guitarra , Dory: baixo e Junior: bateria. Essa galera formou o HOLOCAUSTO.


CONFERE AÊ GALERA:


ENTREVISTA: Cama de jornal, punk rock de Conquista - Ba.  Uma ótima entrevista com Nem (vocal) para o blog Eventual Rock de Ribeira do Pombal-Ba. CLIQUE NO LINK ABAIXO E CONFIRA A ENTREVISTA COMPLETA! 


terça-feira, 11 de fevereiro de 2014






Notícia de primeira linha:


Dia 29/03/2014 tem Grito Rock em Conceição do Coité - BAHIA.

Aguardem maiores detalhes!


"Conectando 400 cidades de 40 países, o Festival Grito Rock se consolida como uma rede global em 2014. Além da América Latina, mais países da Europa, Oceania, África integram-se ao evento. Produzido de forma colaborativa desde 2005, o Grito Rock foi criado como uma alternativa ao carnaval tradicional e este ano acontece entre o período de 20 de fevereiro a 30 de março." 

Estão abertas as inscrições para bandas que se interessarem em participar do Grito Rock 2014 em Conceição do Coité-BA. Acessem o link:



quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Abaixo-assinado Construção de Pista de Skate Pública para a cidade de Ribeira do Pombal/BA


"O presente abaixo-assinado tem por objetivo solicitar junto aos órgãos públicos competentes a construção imediata de uma pista de skate pública (skate parque) para a cidade de Ribeira do Pombal/BA, que atenda as necessidades dos praticantes da modalidade street, tendo em vista a carência desse equipamento no município". 



segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

POESIAS SEÇÃO VIII

.

A MANGUEIRA ( Lembrança dos 9 anos)

No caminho das garças,
À beira do córrego de esgoto,
Pertinho do Orfanato,
As mangas caíam e matavam a fome
Não só minha, mas, de toda a molecada.

Eram tardes inesquecíveis...
De pés descalços e dentes desbotados, 
Correndo atrás das pongas que encontrava,
Escondendo-se detrás da mangueira.

Sempre de barriga cheia e feliz,
Não sabia dos dias,
Mas, sempre ao acordar fazer a mesma coisa.
Era esse o combinado.

Alegro-me ao recordar da criação de rua,
Onde aprendi de perto que os bons existem,
É só uma questão humilde de enxergar a vida.
Trago no peito toda essa construção,
Toda essa simples lembrança.


CAI BALÃO!

Sobre a desgraça na terra,
Em meio às drogas e prostituição,
Nas lavouras não pode não!
Muita gente depende do plantar.

Sobrevoa pelas lindas matas,
Mostra teu fogo ardente aos diplomatas,
Na cidade ou numa gravata qualquer!

Não deixa os pássaros sem asas,
Nem os camponeses sem casas,
Por uma diversão vagabunda e sem fé!

Pára com esse voo incerto,
Faz das tuas cores uma barreira bem perto,
E pousa sem culpa na minha mão.
Cai balão! Cai balão!


EM pomBAR

Épocas... 
Cultura é cachaça!
Da vida póstuma posso até contar, porque sei.
Sou sobrevivente de pomBAR,
Sob o sol escaldante de poluíção, 
Em terra estrangeira de nós mesmos.
Na tribo há fome e não consigo dormir, 
Sambo meu rock de barriga vazia...
Bater tambor e fazer macumba é o meu carnaval.
O dia-a-dia é estranho em pomBAR, 
As plantações de sacos plásticos não são as mesmas,
Meus doentes morrem por segundos.
Não consigo dormir com tudo isso!
Foda-se os Coca-colas de plantão!
Querem estragar a aurora com esse perfume fedorento,                     
Admira-me a tamanho dessa sujeira...
Do álcool, da imundicie, dessas drogas!
E as bicharadas de partidos nojentos continuam hein?
Os males de pomBAR....


POR VOCÊ


Sou teu riso a brilhar nos meus sonhos,
Na distância de nós mesmos...
Quem sabe uma lembrança tua, e
Por mais que seja esquecida
Ainda manifesta-se em ti.
Sou um paradigma indignado com o errado,
Por não saber entender as diferenças.
Inimigo do tempo e amigo da consciência...
Com isso canto meu lirismo medieval,
Nessa imensidão de flores e amores,
Que busco somente em ti.
Jurei ao universo essa minha verdade,
Agora sou um pássaro que voa bem longe,
Observando tua beleza no descobrir da aurora.
Reinventando o amor de outrora...
Por você.

PARANÓIA III

O milho seco, a língua no umbigo,
A canção do Belchior, o dó sem ré menor,
As idéias do Dom Carmo, a calma dos mendigos,
O perigo da encruzilhada, outro lado da filosofia.

O cifrão leviano no gibis sem heróis,
Na mediana vontade, saciada por sede!
Nem o sangue, nem a tese, só fato...
O jornal ainda é de ontem.

A malícia, o lodo, alergia e lágrimas.
O amor de Maquiavel, EU NÃO SEI DE NADA!
O derrame no arame, a veia furada, pedra lascada,
O amor platônico do Álvares, não Cabral, Azevedo...

Azedo como nossos desejos,
Anseios e medos.
Reais pela imaginação
Na paranoia desse mundo cão!


CONCHA DAS MÃOS

Abraço-te,
Mordo, sujo,
Cuspo, desenho,
Reinvento.

Mapeio, 
Cavo, espelho,
Choro, rezo,
Espreguiço-me.

Fecho, abro,
Esqueço...

Kadjon Nascimento

Revivendo o Rock Pombalense: Parte III

.
LETRAS DA MALACO VÉIO

SUGADOR

Não sinto em lhe dizer
O que você não quer ouvir,
Que você vai morrer
E vai deixar todos aqui.
Não se importa com ninguém,
Só pensa no seu capital,
Vergonha isso, pois não tem
Tanto sentimento. E achando o tal...
Sugador! Sugador!
Um dia você vai para o buraco,
Onde os vermes vão te comer.
E a sua alma pode ser condenada
No inferno padecer.


FLORES PARA OS MORTOS

Hoje estou feliz,
É mais um dia que estou vivo,
Andando lentamente
Atrás da luz do fim do túnel.
É tudo tão difícil, é tudo tão escuro.
O cheiro da morte está no ar.
Flores para os mortos! 
Flores para os mortos!
O ódio alimenta a minha dor,
Somos feitos de carne e osso,
Presos a bens materiais,
O cheiro da morte está no ar.
Tudo tem seu preço,
Pra tudo tem seu valor,
Ninguém sabe o que eu sinto,
O cheiro da morte está no ar.
Flores para os mortos! 
Flores para os mortos!


LIBERDADE REBELDE

Não preciso me importar
Com que os hipócritas vão falar.
O meu instinto vai prevalecer
E na minha vida sou eu
Quem vou mandar.
Sou eu quem decido que música ouvir,
Sou eu que escolho que roupa usar,
A hora do dia em que vou sair,
A hora da noite em que vou deitar.
Se alguém perguntar como ando, que sou feio
Ou falar pra mim que tenho que mudar,
Vou te dizer que só faço o que eu quero
E com sua opinião não vou me importar.
Vou seguir em frente
Firme, forte e consciente,
Sem me preocupar se vou ou não agradar.
Sempre em direção da minha diversão
E assim da minha vida vou poder me orgulhar.


DURAS PALAVRAS

Palavras como pedras,
Arremessadas sem direção,
Agridem seus ouvidos,
Exterminam sua razão.
Ordens e incertezas fragilizam o povo,
Derramam o sangue inocente sem perdão!
Palavras de um ditador
Entorpecem à nação,
Dilaceram a liberdade,
Como bala de canhão.
Discursos difamados aquecem à ira,
Proclamam à guerra, 
Detrás da revolução!


NÃO QUERO

Não quero ser desempregado,
Eu quero um trabalho pra comprar o meu pão.
Não quero passar por necessidade,
Pra não ter que submeter tudo na mão.
Não ser induzido a criminalizar,
Deixar que a violência seja a solução!
Não quero ter que olhar pro lado
E ver playboy folgado dando de gostosão.
Não quero ter que voltar pra casa,
Depois de um dia de trabalho, muita pressão!
Ou ver um mundo desordenado
E sentir abalado o meu coração...
Há tantas coisas à serem mudadas,
Preciso concertar a minha atenção
E ver de que maneira eu posso ajudar
A tentar melhorar essa situação.
Poder deitar, dormir e sonhar
E acordar com empolgação!


NÍVEL SUPERIOR

O seu nível é superior,
Te dar um orgulho devastador.
Você foi pra Universidade,
Agora te chamam de doutor.
Vai ganhar muito dinheiro,
Vai mandar em todo mundo,
Nunca mais você vai ser pobre,
Nem mais entender e viver seguro!
O seu universo é bem mais amplo

Não se lembra de ajudar
Aqueles que não tiveram chance.
Só que quando se faz o bem,
Não quer saber de nada não.
O seu nível é superior,
Só vai aumentar a sua dor.


CONSCIÊNCIA ABALADA

A minha ferida está inflamada,
Não penso mais nada, a não ser curá-la!
A minha consciência cansa em falar,
Não dá pra fingir, não dá pra deixar pra lá.
A injustiça come solta,
A sociedade é cruel,
Toda miséria que vive a sua volta,
Te condena pobre como se fosse um réu.
O que vamos fazer para esse caso reverter?
Temos que mudar para todos usufruir,


A VIAGEM

Vamos viajar, vamos viajar.
Se você quiser vir baby, 
Eu garanto o seu lugar.
Vamos esquecer de tudo
Pra gente poder 
E lá no alto da montanha baby, 
O bicho vai pegar...
Vamos armar as barracas,
Acender uma fogueira,
Bater uma viola, viajar nas estrelas.
E depois disso tudo baby,
E depois disso tudo baby...
Vou te levar para um canto,
Vou beijar você todinha,
Vou tirar seu sutiã, vou tirar sua calcinha,