segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

IDÉIAS: SEÇÃO POESIA


Diferente dos olhos

(Kadjon)


Retratos de um dia, um dia sem escudo,
O arco-íris quase veio sentir o girassol.
Perto de um caos, um caos sem escudo,
No qual a elite sorria alegremente.

Um dia sem escudo, lágrimas a declarar o amor,
Uma eternidade sem sentimento...
Um sonho sem escudo, perto de um caos...
Quase acontece um encontro de corações.

Um dia sem retrato, a elite continua a sorrir,
O caos sem escudo, perto de um sentimento.
Perto, perto...
Perto de um sentimento.



Sonhos Sentimentais
(Kadjon)

Vida...
Caminhos, pedra, flor, espinhos,
Nuvens e você.
Decalques no nada, outrora, pessoas...
Tempo, vento incerto, razão escondida.
Sonhos, insônia... Sorrisos nunca meus.
Pecados camuflados, rascunhos, quase seus.
Chuva, ar... Ar que me sufoca, ao te ver.
Vida que me tem,
Que me cerca com os mesmos dias,
Que me cerca com os mesmos valores.
- Que a paz e o amor saíam do dicionário
E andem de mãos dadas nas ruas da minha mente...



Sina
(Kadjon)

Cinzas de rosas, segredos,
Jardim de árvores secas, tristes.
De onde vêm todas as almas solitárias?
Para onde vão?
Dono das noites! Observe os passos,
A direção que se encaixa nos dias esquecidos.
Verá que nada foi ao acaso
Nem o pensamento que aqui está!
O eco do frio completa a poesia,
Mostra os primeiros erros
Guardados em reticências, mas,
O insone continua a sonhar.
Sina...



...
(Kadjon)

Idéias vagas e esquecidas
Fazem-me adormecer em lugares esquecidos
Distante de alguém que nem vejo,
Distante de um dia, que aprendi a sorrir...
Uma poesia acompanhou toda a linha,
A linha imaginária, que imagino há tempos.
E há tempos vivo seguindo essa linha,
Talvez desde quando entrei em mim...
Ao fechar os olhos, silenciosamente ouço gritos,
Gritos e passos de pés descalços... 

Distantes da linha.
Não entendo as diferenças!
A linha se esconde do silêncio forçado,
Nem se quer a poesia se desfez,
Nem se quer os segundos teve vida,
Não entendo as diferenças!



Quem sabe?
(Kadjon)

Como se fosse o meu cansaço,
O meu medo, ou minha vontade de morrer...
Os caminhos querem se cruzar,
Sabe por quê? Não sei...
Dias enterrados se foram... Num sol qualquer.
Passei por aqui uma vez, o que fiz?
Ignorei todas as minhas oportunidades,
Por pensamentos presos, excêntricos...
Seus olhos hoje estão avermelhados,
Dentro de uma obra qualquer que fiz,
Simplesmente para queimar...
Junto de mim está um objeto de observação,
Triste e confuso, querendo explicação.
Sou fruto de um acaso doente,
De uma paisagem em formação.
Quem sabe? Os passos são acasos...
 


Dia
(Kadjon)

Folha a correr... 

Inventando um cenário que sonhei,
Dia molhado, rabiscado,...
Poder quase que criado.
Na calçada que me sento,
Há um buraco na nuvem mais linda que pude encontrar,
Dia pousado em vertigens.
Onde lágrimas é o puro suor do sol,

fundidos com os juramentos 
sem o mínimo censo de realidade.
Cadê a tal babilônia? 

Que todos acham num sorriso?
Numa lembrança, num segundo passo,...
Desses dias imperfeitos, jurados por paixões,
Confusos por desamor, inventados num sonho.
Sobras sobradas sobre o normal e o Teu olhar...
Quem resulta nesses pensamentos indecisos?
Sinto pressa em ir embora, jamais amei por amor,
Isso ficou fora de todos os meus planos,
O que fiz dos meus dias?



O que tanto me consome...
(Kadjon)

Por todos os cacos de vidro que me cortam,
Vejo os furos dentro da minh’alma.
De todo o sangue derramado
Cristalizo minha morte na tua inópia.

O que me sobra talvez sejam apenas pegadas,
Que certamente o tempo levará...
Tempo inimigo, distância inimiga,
Saudade inimiga, vida ...

Quem mais precisará de palavras passadas?
O futuro é como o ciclo vital de uma borboleta,
Só saímos do casulo com a conclusão da morte,
O que é a vida? Apenas dúvidas ...


Excêntrico
(Kadjon)
  
Sozinho como o vento,
Que brinca com o tempo,
Triste a respirar o que tanto me dói.

Sozinho como a reia,
Que num dia de chuva se vai...
Mas que num dia de sol
Volta a fazer a mesma poeira de sempre.
Órfão sem amor, maior abandonado sem certeza,
Triste como o orvalho, que no frio se vai...

Buscando o que nunca me tenta,
Querendo o que não me contenta,
De um jeito angustiado num sorriso,
Numa doença incurável que me dói,...
Inerte como o sempre...

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