domingo, 4 de setembro de 2011

REVIVENDO O ROCK POMBALENSE: PARTE II



LETRAS DA VELHUS DECREPTUS


O SISTEMA É UM VÍRUS


Eu sou um vírus e vou lhe afetar
Sem que você perceba o seu cérebro vou dominar
Você é meu escravo e faz tudo que eu quero
Eu sou o sistema, já dominei todo seu cérebro.
Te alimento de carniça e você me elogia,
Deixa o que é bom de lado e me obedece todo dia.
A partir desse momento você está doente,
Uma doença grave que maltrata muita gente,
Seu cérebro é muito fraco, nunca vai me superar,
São poucos os que se salvam 
Como os fortes do Underground.


DANE-SE O INIMIGO


Eu não quero não,
Estar na mira de uma arma de fogo 
Vendo a minha destruição.
Eu não quero não, eu não quero não,
Estar na mira de uma arma de fogo
Vendo a minha destruição.
Puta que loucura, puta que reação
Dane-se o inimigo que tentaria 
A minha destruição.


CAOS


Pare, veja, olhe e observe este caos
As vidas que são perdidas
E destruídas de forma fatal.
Os velhos, as crianças, a polícia,
A desordem e o caos.
E a burguesia, e o terrorismo,
E o capitalismo, e a desigualdade social.
Não somos culpados pela origem deste caos.
Não somos culpados pela origem deste caos.
Não somos culpados pela origem deste caos!


SUBMISSOS AO PODER


Humanos desumanos
Vivem na selva, trancafiados,
Presos, submissos ao poder.
Em uma guerra desumana, pelo capital. 
E o capital é a base da evolução,
Uns tem outros não.
Subdesenvolvimento, fome e ganância,
Imperialismo, perseguição.
Cercados por paredes e grades de aço,
Vivendo por viver,
Com medo, desespero ao ter ódio,
Destruição de sonho, poder concentrado,
Poder flagelado, poder corrupto,
Queremos poder trabalhar, sorrir e viver!


CÃES FAREJADORES


Não adianta correr, temos que enfrentá-los
Eles estão por toda parte, somos espionados,
O céu está recheado de satélites espiões,
Tudo que você faz é farejado pelos cães,
Os cães farejadores estão a lhe espionar,
A lhe avaliar, a lhe identificar.
Seja maioria de um homem só
E destrua esta raça que sempre foi uma desgraça.


SITUAÇÃO ILEGAL


Eu me queixo sim da real situação que vivo,
Não é tão legal!
Uma condição sofrida, uma situação pesada,
Ver algo bom na minha frente
E não poder apreciá-la.
Quem não quer ter?
Quem quer ficar sem?
Uma condição legal onde todos se dão bem.
Quem não quer ter?
Quem quer ficar sem?
Uma condição legal onde todos se dão bem.
Eu quero sim, eu quero sim,
Uma situação legal para mim!



AGRESSÃO

O verde, as plantas, os animais,
Os rios, lagos e canais.
Apagados por uma devastação,
Pagando o preço da urbanização.
Ruas poluídas é o lixo compulsivo,
Oxigênio preto, peles descoloridas,
Alimentos cobertos de pesticidas,
Nossa vista embaçada,
Poluição radioativa, agressão...



DESCASO NACIONAL

Nordeste, uma região sofrida
Composta por seres vivos famintos.
É o descaso nacional.
As marcas de uma cultura maldita,
Deixadas pelos canaviais,
Escritas em pedras e cenas,
Lembradas na miséria e na fome,
Forjando os direitos humanos,
Forjando os direitos humanos.



VACILÃO

Age sem pensar,
Perde o controle, não tem visão,
Fala o que vem na cabeça,
Totalmente sem noção,
De que nas palavras dirigidas em sua ação
Poderá consistir em uma agressão.
Perigo constante, tamanha agressão,
Fere a pessoa errada, haverá retaliação,
Mais uma atitude de um vacilão.
Em casa ou no trabalho,
Na rua ou na prisão,
Não importa o lugar,
Tem que agir com atenção.
Não perca o controle, não perca a noção,
Quando for agir, agir com atenção,
Perigo constante, tamanha agressão,
Fere a pessoa errada, haverá retaliação,
Mais uma atitude de um vacilão.


A VIDA NA GUERRA

A guerra começou,
A população traumatizou,
Os civis estão morrendo,
A tortura começou,
Os soldados na batalha,
Suas armas estraçalham.
O objetivo é combater,
Preparados para matar,
Mas também pode morrer,
Tudo pode acontecer, tudo pode acontecer!
As crianças tem que ter uma vida normal,
Mas não é tarefa fácil para transformar
Esperança em realidade.
Como haverá paz?
Como haverá paz?
Como haverá paz?
Onde predomina o ódio profundo.

O FIM DA DEPRESSÃO

O terror se concentra em toda sua volta,
O paraíso é tão difícil de encontrar,
O desespero aumenta a cada dia,
Da "depre" você não consegue se livrar,
Tudo que para os outros está bom,
Para você está ruim.
A paranóia aumenta não consegue controlar,
Sua vida não tem graça, seu desejo é o fim,
Enxugue essas lágrimas que saem de seus olhos,
Tudo que acontece é tão ruim,
Se a vida não tem graça para você,
Cuidado com a luz que resta lá no fim,
Não aguento mais!
O paraíso é tão difícil de encontrar,
Não aguento mais!
Eu estou desesperado, preciso reagir,
Não aguento mais!
Tudo parece tão bom, mas para mim está ruim,
Não aguento mais!
Minha vida não tem graça
Tudo o que eu quero é o fim.


MORTE BRUTAL


Sequestraram sua família,
Passaram por um matagal,
Um lugar muito estranho,
Sentir medo é normal.
Medo de estupro, de agressão verbal,
O pior estava por vir,
Era uma morte brutal,
Morte brutal, morte brutal!!!
Agressão, terror e medo,
Era a morte brutal.
Mataram sua esposa, jogaram-a no matagal,
Em seguida as crianças, sem estupro menos mau,
Finalmente é a sua vez, será a morte brutal,
Morte brutal, morte brutal!!!
Agressão, terror e medo,
Era a morte brutal.


EXCLUÍDOS


O desemprego tomou conta de nossa sociedade
Só vemos caos, luxuria e rancor,
Pais não conseguem sustentar seus filhos,
Agora sofrem com a angústia e com a dor.
São os excluídos do mercado de trabalho!
O desemprego que atingem nossas cidades,
As pessoas que parecem não ter valor.
São os excluídos do mercado de trabalho!
São os excluídos do mercado de trabalho!
São os excluídos do mercado de trabalho!

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