segunda-feira, 28 de novembro de 2011

CARTA À ZÉ BRASIL...


Saudações meu pobre Zé,


  Ainda lembro quando surgiram às esquadras, trazendo sofrimento, ladrões, pestes, desgraça para toda uma história mal contada. No faro de novas terras, riquezas, lucros e explorações de todas as formas. Sob um regime imperial onde o caráter reinava no ouro roubado de ricas capitanias.
  Assim assisti seu nascimento, vitimado por bandidos portugueses em busca de domínio, de alienação Global. Aos olhos inocentes, aos risos do diabo, às coivaras sem ambição. E tudo se fez novo, como a miséria Indígena, como a riqueza de Portugal.
  É... Faz muito tempo. Aos poucos o caminho foi formado, por conta das queimadas, por gargalhadas concluídas na febre que você teria pela frente. Nunca a mãe natureza seria igual, tanta gente feia e violenta surrando os filhos da terra, o espírito sofrido envelheceu.
  Hoje no meio dessa dose de alucinógenos, junto com essas pílulas de guerrilhas bateu uma saudade de você. Dos seus tempos de aurora, das histórias e lembranças naturais.
   Entristece-me seu rumo mal tomado. Acompanho de longe e com muita saudade dos bons tempos de Brasil.
   Escrevo essas linhas para desabafar minhas angústias, minhas profundas agonias...
   Sei que você não pode mais seguir um caminho bom! A face dessa laranja está podre e corrupta!
   Choro...
   Mas, aprendo a fechar os olhos!

Por Kadjon Nascimento

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